Procurando Dayse
- Maria Gisele Knust
- 12 de fev. de 2015
- 1 min de leitura
Cheia de sacolas do supermercado, com o restinho de energia que lhe sobrara no fim do dia, Dona Lucy se aproxima de casa e percebe a iminência do fortuito encontro.
A amiga de Dayse se aproxima de Dona Lucy com um sorriso largo e cara de saudade.
Chega mais perto, toca no ombro de Dona Lucy, suspira fundo e sorri com os olhinhos:
Amiga Saudosa: Dayse, querida que bom encontrá-lá, como você está?
Dá um abraço.
Em alguns segundos, Dona Lucy precisa decidir se mata a saudade da desconhecida, ou se torna-se a responsável por fazê-lá seguir sem o abraço de Dayse.
Antes de decidir, Dona Lucy é arrastada num abraço aconchegante seguido de mais um sorriso de olhos e doces palavras.
Amiga Saudosa: Feliz em te ver, Dayse. Vai em paz.
Dona Lucy obedece.
Segue diligentemente com suas sacolas, agora quem sorri com olhos é ela e pensa sozinha...
Dona Lucy: Dayse de certo é alguém bastante especial. Será que me pareço com ela por dentro, por fora, ou simplesmente pela necessidade de ser abraçada espontaneamente ao acaso?
Chega em seu prédio.
O porteiro a cumprimenta como de costume.
Dona Lucy: Boa noite, Bira. Se alguém vir Dayse por aí, por gentileza, retribua o carinho.
Bira sorri.
Sabe que Dona Lucy sempre diz coisas esquisitíssimas.
FIM

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